CHEF DE PASTELARIA | 22 anos
Sou discreta, pouco física e despreocupada com o visual, apesar dos rapazes dizerem que sou gira. Sou determinada, alegre, gosto de cantar quando cozinho e também sou um bocadinho mandona.
Vim para Sintra com dezoito anos para ajudar o meu avô a lidar com a morte da minha avó. Também foi uma maneira de fugir à pressão dos meus pais que queriam que eu fosse para a faculdade, quando eu só queria cozinhar. A pastelaria Trovão sempre foi a minha segunda casa. Adoro doçaria, tenho imensas ideias originais para criar doces e o meu avô é o meu ídolo.
Estou em pulgas para receber a receita da Ribombinha, o bolo de maior sucesso da família Trovão. Quando o meu avô se esquecer da receita, vai estar nas minhas mãos inventar um novo bolo que faça tanto ou mais sucesso do que a original.
Também sou uma comunicadora nata. Adoro as redes sociais e vou ter um vlogue de culinária. A minha quota de visualizações cresce de dia para dia, por isso sei que estou a ter sucesso.
Eu e o Tito namoramos desde que eu vim para Sintra e costumo dizer que temos a relação perfeita porque antes de sermos namorados, somos melhores amigos. Num futuro próximo serei uma instagramer famosa, com patrocínio de marcas e ofertas de trabalho. A pergunta que terei de fazer a mim própria é se saberei conciliar isso com a pastelaria Trovão. O sucesso do meu vlogue começa a ocupar-me demasiado tempo, com entrevistas a dar, pedidos para escrever livros de receitas, participações em programas de televisão, falar, escrever, falar, escrever. E quando é que faço aquilo que realmente gosto que é cozinhar? Quando é que posso ajudar o meu avô, que se sente cada vez mais sozinho à frente do negócio porque eu não tenho para nada?