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Comprimento máximo: 60 cm
Distribuição geográfica: Oceano Atlântico oriental, desde o Golfo da Biscaia até ao Senegal
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O linguado encontra-se perfeitamente adaptado à vida sobre o fundo arenoso ou lodoso onde se enterra, deixando apenas visíveis os olhos e os orifícios nasais. Outra caraterística notável é a sua capacidade de camuflagem, ou seja, de mudar de coloração de acordo com o substrato onde vive. Consegue assim uma camuflagem perfeita, que constitui uma forma de defesa contra predadores.
Quando nascem, as larvas e ovos dos peixes chatos são muito semelhantes às dos outros peixes. São pelágicos, ou seja, flutuam no meio da massa de água e o seu corpo é simétrico, com um olho em cada lado do corpo. No entanto, algumas semanas após o nascimento sofrem profundas modificações: o corpo torna-se progressivamente achatado e um dos olhos efetua uma migração, indo colocar-se ao lado do outro olho. Um dos lados do corpo passa então a ser cego e é nessa fase da vida que o peixe se desloca para o fundo onde passa a viver, deitado sob o seu lado cego.
Reproduz-se de Maio a Agosto (provavelmente apenas em águas litorais). Alimenta-se de crustáceos, bivalves e vermes.
Em Portugal o linguado é pouco abundante. Embora se desconheça a tendência das populações existentes, sabe-se que sofre a ameaça da pesca comercial, através do arrasto de fundo e das redes de emalhar, bem como da captura de juvenis selvagens para utilização nas pisciculturas.
É por isso considerada uma espécie ameaçada, com o estatuto de conservação de “Comercialmente Ameaçado”. Este estatuto significa que, embora atualmente não esteja ameaçado de extinção, encontra-se sujeito aos efeitos de sobre pesca, necessitando de um controlo da exploração. Por isso, em Portugal foi estabelecido um tamanho mínimo de captura, bem como a malhagem mínima para as redes de arrasto e de emalhar. Além disso, é estabelecido anualmente o total admissível de captura. São ainda necessárias medidas de proteção aos juvenis.
* Esta rubrica é uma parceria com o Aquário Vasco da Gama