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Quais são os tipos de seguro de vida que existem? Qual deve escolher?

Se pedir um crédito habitação, vai reparar que será obrigatório contratar um seguro de vida. Este pode ser o da própria instituição financeira ou o de uma outra seguradora. Muitos bancos até fazem deste requisito uma forma de o cliente ficar com um spread mais apelativo. Porém, existem dois tipos de seguros de vida: IAD…

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Se pedir um crédito habitação, vai reparar que será obrigatório contratar um seguro de vida. Este pode ser o da própria instituição financeira ou o de uma outra seguradora. Muitos bancos até fazem deste requisito uma forma de o cliente ficar com um spread mais apelativo. Porém, existem dois tipos de seguros de vida: IAD ou ITP. Descubra neste artigo do ComparaJá qual deve contratar consoante o seu perfil. 

Qual é a grande diferença nos seguros de vida? 

Cabe salientar, desde logo, que a cobertura de morte se encontra pré-definida num seguro de vida. O que vai distinguir estes dois produtos serão as outras garantias. 

Seguro de vida IAD (Invalidez Absoluta e Definitiva) 

A cobertura associada ao IAD é a que normalmente é exigida obrigatoriamente pelos bancos. O IAD poderá ser acionado pelo segurado em caso de acidente ou de doença dos quais resultem uma total incapacidade de o consumidor exercer uma atividade remunerada. 

O seguro de vida IAD pressupõe que a pessoa incapacitada precisa de uma terceira pessoa para cuidar das suas necessidades básicas (entenda-se comer, vestir-se, locomover-se, realizar a sua higiene pessoal) – estamos, portanto, a falar de um grau de incapacidade que poderá estar acima de 80%. Neste caso, para que consiga ter direito à indemnização da seguradora é necessário que o segurado esteja em “estado vegetativo”.  

Seguro de vida ITP (Invalidez Total e Permanente) 

Por sua vez, o ITP (também designado por IDPAC – Invalidez Definitiva para a Profissão ou Atividade Compatível) pode ser acionado a partir de um grau de invalidez de 60%, sendo que este valor pode oscilar consoante a seguradora. 

Aplica-se quando a pessoa sofreu um acidente ou sofre de uma doença que a incapacita de exercer uma profissão ou atividade lucrativa, mas não se encontra totalmente inválida, não dependendo de terceiros. 

Qual dos seguros de vida deve então escolher? 

No fundo, a decisão entre IAD ou ITP prender-se-á com dois requisitos: 

  1. O tipo de cobertura que deseja: o IAD obrigada a que o consumidor tenha um grau de invalidez superior ao estabelecido no ITP para poder acionar o seguro (isto significa que com o ITP fica mais protegido); 
  1. O preço que está disposto a pagar: o ITP normalmente é mais caro, porque também é mais abrangente. 

Gostaria de mudar de um seguro IAD para ITP? 

Pode sempre fazê-lo, mas tenha em consideração que, se contratou o seguro de vida associado ao banco e este, consequentemente, lhe deu uma bonificação no spread, o mais provável é que perca esse benefício se mudar. 

Um crédito à habitação é um encargo financeiro que se assume muitas vezes durante mais do que 20 ou 30 anos. Por doença ou acidente, pode deixar de conseguir manter o seu emprego. Porém, a prestação mensal do empréstimo tem de continuar a ser paga. Se o seguro de vida não cobrir este risco, a verdade é que se pode tornar muito complicado pagar a mensalidade sem estar a trabalhar. 

Um seguro de vida é algo que irá pagar durante muitos anos, pelo que acaba por se tornar num encargo financeiro elevado. Aconselhamos que leia com atenção o seu contrato (veja bem todas as letras pequeninas) antes de assinar. Pondere bem: se lhe acontecer alguma coisa, o segundo titular do empréstimo ou outros membros da família conseguem arcar com o pagamento do crédito habitação? 

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