Sabia que se gasta mais dinheiro no Dia da Mãe do que no Dia do Pai? Trata-se mesmo da segunda melhor data para o comércio, ficando apenas atrás do Natal. Descubra outras coisas que provavelmente ainda não sabe sobre esta data tão especial.
1. Por cá, o Dia da Mãe começou a comemorar-se na década de 1950, quando a Mocidade Portuguesa Feminina instituiu a data a 8 de dezembro.
2. Ainda antes do final do Estado Novo, a Conferência Episcopal Portuguesa pediu à Mocidade Portuguesa Feminina que o Dia da Mãe mudasse de data, de modo a o 8 de dezembro ficar apenas para Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira de Portugal, evitando assim também lidar com o aproveitamento comercial da data.
3. O Dia da Mãe foi então marcado para o último domingo de maio, o mês de Maria, mãe de Jesus. Mais uma alteração viria a ser pedida para evitar festas importantes do calendário litúrgico. Passou assim para o primeiro domingo do mês, data menos concorrida, ficando assim até hoje.
4. À volta do mundo, o Dia da Mãe é comemorado em pelo menos oito datas diferentes, com Portugal a partilhar o dia com países como Angola, Cabo Verde, Moçambique, Espanha, Hungria e Lituânia.
5. Já na antiguidade clássica existiam festas em honra da mãe dos deuses, com destaque natural para as organizadas na Grécia antiga e depois pelos romanos. Nos tempos modernos, os Estados Unidos foram o primeiro país a oficializar o Dia da Mãe.
6. No início do século XX, uma campanha foi criada por Annie Jarvis, que tinha perdido a sua mãe recentemente. A sua dor levou-a a querer homenagear todas as mães norte-americanas, o que viria a ser reconhecido em 1914 pelo presidente Thomas Woodrow Wilson.
7. Curiosamente, Annie Jarvis acabaria por ficar desiludida com a sua criação, por se ter tornado extremamente comercial. Achava que as mães deviam ser homenageadas através de cartas escritas à mão, não postais comprados e presentes. Chegou a organizar boicotes, ameaçou processar empresas como a Hallmark e foi até detida por perturbar a paz, quando se revoltou com uma venda de cravos para angariar fundos. O seu final não foi feliz, mas conta-se que as suas contas hospitalares foram pagas até ao fim dos seus dias por pessoas ligadas à indústria das flores e dos postais, como reconhecimento pelo que nos deixou.