Ricardo Araújo Pereira distingue de forma clara o jogador Rui Costa do atual presidente do Benfica. “Lembro-me de um Benfica-Parma em que o Rui Costa tira três adversários do caminho e faz um passe para golo do Isaías com uma tremenda elegância. Fiquei maravilhado com aquilo. Mas isso é uma coisa”, recorda.
O humorista sublinha que Rui Costa integrou a direção de Luís Filipe Vieira, não como “emblema, reserva moral ou guardião de uma certa memória”, mas com funções executivas. “Se fosse assim, perdoávamos certas insuficiências. Mas Rui Costa tinha outras funções. Ainda agora foi a tribunal e disse que assinava documentos e contratos sem ver”, aponta.
Para Ricardo Araújo Pereira, este tipo de atuação é inaceitável: “Não há qualquer presidente de uma grande empresa que possa dizer isto impunemente. Não é possível.” E reforça que o mérito como jogador não é suficiente para liderar uma instituição como o Benfica: “O facto de ter sido um grande jogador não o habilita nem o desabilita para ser presidente. São coisas diferentes.”
Critica ainda uma visão simplista da gestão desportiva: “Aquela ideia do ‘bom, mas eu percebo de futebol’ não é assim. O trabalho de dirigente requer um saber de futebol diferente. Caso contrário, não teríamos contratado o Jurasek”, exemplifica.
Sobre o desempenho de Rui Costa enquanto presidente, mantém a posição que sempre teve: “Parece-me que ele não estava habilitado a tomar conta do clube. Mesmo nas últimas eleições, em que concorreu com Francisco Benítez, não votei em Rui Costa.
O futebol é o ponto de partida nestas conversas sem fronteiras ou destino agendado. Todas as semanas, sempre à quinta-feira, Luís Aguilar entra em campo com um convidado diferente. O jogo começa agora porque Ontem Já Era Tarde.