Bastidores

O Peixe da Semana: Robalo

Dicentrarchus labrax ( Linnaeus, 1758)

Mar Salgado

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Comprimento máximo: 103 cm

Distribuição geográfica: oceano Atlântico oriental desde a Noruega até ao Senegal; Mar Mediterrâneo e Mar Negro.

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Espécie costeira, vive até 100 metros de profundidade, em zonas rochosas, geralmente em águas bem oxigenadas. Penetra nos estuários, conseguindo suportar variações de salinidade e de temperatura. Deslocam-se em cardume desde o fim da sua vida larvar. Os juvenis agrupam-se com indivíduos de dimensões semelhantes, mesmo que se tratem de exemplares de outras espécies.

 

Predadores eficazes, deslocam-se com agilidade e rapidez, alimentando-se de pequenos peixes, crustáceos e invertebrados.

A reprodução ocorre durante a Primavera e Verão.

 

Em Portugal o robalo é pouco abundante, e as populações existentes encontram-se em regressão, devido fundamentalmente aos efeitos da pesca comercial, através do arrasto pelágico e de fundo, redes de emalhar e aparelhos de anzol. Outros fatores de ameaça são a pesca desportiva e a captura de juvenis selvagens para utilização nas pisciculturas.

 

É por isso considerada uma espécie ameaçada, com o estatuto de conservação de “Comercialmente Ameaçado”. Este estatuto significa que, embora atualmente não esteja ameaçado de extinção, encontra-se sujeito aos efeitos de sobre pesca, necessitando de um controlo da exploração. Por isso, em Portugal foi estabelecido um tamanho mínimo de captura, bem como a malhagem mínima para as redes de arrasto e de emalhar. Impõe-se ainda a proteção dos habitats de crescimento de juvenis, como os estuários, rias e lagoas litorais.

  

* Esta rubrica é uma parceria com o Aquário Vasco da Gama