Neste episódio do Assim Vamos Ter de Falar de Outra Maneira, Miguel Góis, Zé Diogo Quintela e Ricardo Araújo Pereira pretendem falar sobre rochas ígneas afaníticas. Antes disso, dedicam bastante tempo a pensar no modo correcto de designar certos refrigerantes (Coca-Cola, Sprite, Um Bongo): "Quero expressar a minha tristeza porque esta semana tive umas horas num café e ouvi coisas horrorosas ao nível do uso da língua portuguesa"
No tema aeronáutico, José Diogo Quintela lamenta a fraca evolução dos aviões: "Há 40 anos demorava uma hora e 45 minutos para chegar a Barcelona. No mês passado a minha filha também foi a Barcelona, em viagem com uma amiga e o voo continua a durar uma hora e 45. São quatro décadas, quatro décadas e eu continuo estrábico. Há aqui dois problemas. A ciência está mal em dois campos. Não avança"
Quanto à Finlândia, Ricardo Araújo Pereira duvida da felicidade dos finlandeses: "Tudo funciona, não é? Na Finlândia não é como cá, tudo funciona porque tem mesmo que funcionar, porque aquilo não se aguenta de outra maneira".
Miguel Góis partilha a sua experiência com a série 'Wolf Hall', que mostra os bastidores políticos do tempo do Henrique VIII: "Aquilo que me surpreendeu nesta série foi, aquilo é suposto ser sobre os bastidores políticos, mas 90% do tempo eles estão a fazer brainstorms sobre quem casa com quem. Uma espécie de Tinder medieval"
No que respeita a certas interpretações da mitologia clássica, "um deus grego é uma pessoa que tem uma vontade incontrolável de comer a própria irmã. Não é um elogio. É um corpo todo bom, musculado, sem pelos. Não há nenhum que tenha uma família tradicional, uma vida sexual saudável. Há que estudar a mitologia antes de elogiar os namorados. Há uns que se transformam em animais até para engatar melhor".
Sobre doar o corpo à ciência, há quem prefira fazê-lo para a filosofia ou à paciência: "As pessoas iam estar a falar umas com as outras, a refletir sobre a natureza do bem, e eu estou ali a apodrecer ao lado"
No fim, recordam uma rábula sobre mofo.