Neste episódio do Assim Vamos Ter de Falar de Outra Maneira, Miguel Góis, Zé Diogo Quintela e Ricardo Araújo Pereira pretendem falar sobre id, ego e superego. Antes, examinam um incidente ocorrido na fila do supermercado: "Fui às compras com três dos meus 75 filhos. Portanto, cada um dos três tinha um cesto de compras. Eu não tinha. E, portanto, quando acabámos de fazer as compras, dois deles foram para a fila da caixa. E eu fiquei um bocadinho para trás com o mais novo. E quando chego à fila da caixa... O que é que sucede?"
José Diogo Quintela alerta para o 'prepping', pessoas que estão convencidas que o mundo vai acabar', pois compram muito enlatados: "Os preppers estão-se a preparar para o fim do mundo. E eu descobri recentemente que é uma nova moda nos ultra bilionários, que é terem grandes bunkers onde eles vão viver depois do cataclismo apocalíptico. Ou seja, se nós formos às compras para encher a nossa casa, temos uma limitação de dinheiro e de espaço. Agora, esses tipos podem chegar no hipermercado e dizer, pá, eu levo tudo".
Ricardo Araújo Pereira também critica o que lhe venderam sobre o futuro, os lasers e desdenha dos bunkers e das viagens ao espaço dos bilionários : "Nós íamos estar com lasers a combater intergalaticamente, mas não se verificou. Há lasers sim mas contra pêlos. O nosso grande inimigo é o pêlo. (...) Não se percebe as manias dos bilionários, estas manias dessa coisa de bunkers. E outra é ir ao espaço. Num espaço curto foram dois ou três foram ao espaço. No meu tempo, quem viajava para o espaço sem ser os astronautas eram os cães"
Os humoristas avaliam, ainda, o atual estado de evolução da IA e revelam que não adoram a expressão 'não adoro': "A inteligência artificial, se é inteligente, diz sempre que quem tem razão é a mulher. (...) Eu não adoro a expressão 'não adoro', que é uma moda linguística que há agora. A expressão não adoro, eu às vezes até faço a experiência de perguntar assim: Ah, não adoraste, só gostaste muito, mas não é isso que significa. Vamos supor que há uma escala de gosto, que é, começam em não gosto, não gosto nem desgosto, gosto, gosto muito, adoro. Quando te dizem não adoro, não te estão a dar muita informação"
No fim, recordam uma rábula sobre uma tasca que serve gatinh... coelho.