Bastidores

O Peixe da Semana - Pata-Roxa

Scyliorhinus canicula  (Linnaeus, 1758)

Mar Salgado

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Comprimento máximo: 100 cm

Distribuição geográfica: Oceano Atlântico oriental desde Noruega e ilhas Britânicas até ao Senegal; Mar Mediterrâneo.

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A pata-roxa é um peixe cartilagíneo, à semelhança dos tubarões, o que significa que apresenta o esqueleto formado por cartilagens em vez de ossos. Vive sobre os fundos marinhos desde zonas costeiras até cerca de 110 m de profundidade.

Pouco ativa durante o dia, a pata-roxa costuma caçar durante a noite os moluscos e crustáceos de que se alimenta, nadando lentamente por ondulações laterais do corpo.

 

Os machos apresentam órgãos copuladores, que resultam da modificação das barbatanas pélvicas, através dos quais realizam a fecundação interna. Após a fecundação a fêmea deposita um ovo de cada vez. Os ovos têm a particularidade de serem protegidos por cápsulas córneas, retangulares, com filamentos nos quatro vértices através dos quais se fixam a algas, gorgónias ou outros organismos. O embrião cresce no interior da cápsula, à custa das reservas nutritivas presentes no saco vitelino. Cinco a onze meses depois, nascem as pequenas pata-roxas, com cerca de 10 cm de comprimento e aspeto semelhante aos adultos.

 

Em Portugal a Pata-roxa é pouco abundante e as populações existentes encontram-se em regressão, sofrendo os efeitos da pesca comercial, sobretudo pelo arrasto de fundo. É por isso considerada uma espécie ameaçada, com o estatuto de conservação de “Insuficientemente conhecido”, o que significa que, apesar de ainda não existirem dados suficientes que permitam avaliar com exatidão o estado e tendência das populações existentes, se pensa que estão em risco de forte declínio.

 

* Esta rubrica é uma parceria com o Aquário Vasco da Gama