Bastidores

Dica da Lé: Papas de aveia adormecidas

Um pequeno almoço, nutritivo, portátil e muito gratificante!

Sol de Inverno

O pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia…e não sou eu a dizê-lo mas sim tudo o que é nutricionista da moda.

 

Ora se vamos começar o dia há que começa-lo bem, com algo saboroso e que nos mantenha cheias de energia e saciadas.

 

Uma das minhas armas –sim porque tratar do palacete como este exige muito- são as papas de aveia e agora que o bom tempo chegou, principalmente as papas de aveia adormecidas (Overnight Oats).

 

O que são papas de aveia adormecidas?

 

 

Papas de aveia adormecidas são muito semelhantes às tradicionais papas de aveia mas mais densas, macias e são servidas frias. Mas desengane-se se pensa que são apenas papas de aveia!  As papas são a base e a elas juntamos coisas boas, como fruta, iogurte e sementes e transformamo-las num pequeno-almoço digno de uma rainha!

Preparam-se de véspera e deixam-se no frigorífico. Podem prepara-se num prato (tendo o cuidado de se tapar com película aderente)  ou num pote/frasco, ideal para levar para o trabalho ou comer fora de casa porque se come diretamente do recipiente.

Basicamente colocam-se os flocos de aveia de molho - geralmente leite ou leite de soja - durante a noite no frigorífico. A receita básica para as papas de aveia adormecidas é uma parte de flocos de aveia para uma parte de leite frio mas a sua beleza reside nos muitos sabores que podemos ter basta alterar os ingredientes! Todos os dias elas podem ser diferentes!

Este pequeno-almoço pode facilmente adaptar-se à dieta vegan ou sem glúten, basta utilizar aveia sem glúten e usar um leite de soja por exemplo.

 

Agora aqui ficam algumas sugestões de receitas para experimentar (ingredientes para uma pessoa):

 

 

Primeira camada

3 colheres de sopa de flocos de aveia finos

2 colheres de sopa de leite

 

Segunda camada

Fruta a gosto (maçã ralada, frutos vermelhos, morangos, banana em rodelas, kiwi, manga em pedaços…..) - eu utilizei framboesas e morangos por exemplo

 

Terceira camada

Iogurte (podem usar qualquer tipo de iogurte, natural, grego, de sabores, magro, sem açúcar… desde que não seja líquido.)

Para variar sabores:

Sementes misturadas no iogurte(chia, linhaça, sésamo, abóbora, girassol)

Frutos secos (nozes, amêndoas, avelã, passas)

Canela

Raspa de lima, limão ou laranja

açúcar, mel ou adoçante

 

Preparação:

Num prato ou frasco hermético (reutilize frascos de doce por exemplo, convém que a boca seja larga) coloque os flocos de aveia e o leite. Sobre a aveia coloque a fruta que escolheu na quantidade que lhe pareceu melhor formando uma camada uniforme.

A seguir misture o iogurte (eu prefiro iogurtes naturais) com sementes de chia (por exemplo). Envolva bem e coloque por cima dos frutos.

Tape o frasco e deixe no frigorífico durante a noite.

De manhã, basta retirar, comer assim ou acrescentar mais fruta e um pouco de mel,  misturar tudo  ou deixar em camadas, e comer diretamente do frasco.

O bom desta sugestão que vos deixo é que pode levar-se para o trabalho ou simplesmente para a varanda facilmente!

 

E já agora: aproveitem a Primavera…ela está a chegar!

 

Quando vier a primavera,

Se eu já estiver morto,

As flores florirão da mesma maneira

E as árvores não serão menos verdes que na primavera passada.

A realidade não precisa de mim.

Sinto uma alegria enorme

Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.

Se soubesse que amanhã morria

E a primavera era depois de amanhã,

Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.

Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?

Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;

E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.

Por isso, se morrer agora, morro contente,

Porque tudo é real e tudo está certo.

Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.

Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.

Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.

O que for, quando for, é que será o que é.

 

Alberto Caeiro

1889-1915

Poesia

Alberto Caeiro; edição Fernando Cabral Martins, Richard Zenith

Assírio & Alvim